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Misturando o sagrado com o profano

por: Eurydice V. Osterman, Doutora em Arte Musical.



A música associada ao mundo entorpece a mente apelando à natureza carnal e, portanto, evoca reações físicas que minimizam a contemplação intelectual que é necessária para discernir e entender preceitos espirituais. O dicionário Webster define “associação” como “algo conectado na memória à imaginação com uma coisa ou pessoa que forma uma ligação entre sensações, ideias ou lembranças”. Para ilustrar, quando são mencionados os nomes de Louis Armstrong, Ella Fitzgerald ou Duke Ellington, a mente automaticamente associa esses nomes com um estilo ou gênero de som musical específico chamado “jazz”. De igual modo, quando os nomes de Bach, George Beverly Shea ou Rolling Stones são mencionados, a mente associa automaticamente estes nomes à música barroca, sacra e rock respectivamente, e nem o som, nem o gênero, nem a fonte podem ser separados um do outro.

Esses estilos musicais têm seu ambiente próprio com os quais estão associados e são considerados impróprios quando fora do contexto. Por exemplo, uma igreja, um circo, um velório ou uma discoteca, todos criam seu próprio sentido, atmosfera, comportamento e característica musical do ambiente. Ouvir música de um funeral no circo ou música de discoteca num funeral seria totalmente impróprio ou fora de contexto. É exatamente isso o que acontece no caso da igreja. Para ilustrar, se o hino “Just When I Need Him Most” (Quando dEle Eu Mais Preciso) é tocado no estilo de Duke Ellington, é claramente “jazz”, o que não somente muda o significado do cântico, mas ainda pior, zomba de Deus porque não traz nenhuma semelhança aos atributos do Seu caráter como mencionado anteriormente.

[...] O sensacionalismo do profano não irá produzir espiritualidade. Se realmente o alvo for espiritualidade, então a mente deverá ser guardada e mantida longe de qualquer influência que a dirija na direção errada. Nossos pensamentos refletem o caráter do alimento provido para a mente, portanto, os pensamentos não deveriam ser alimentados com música que viesse a enfraquecer os poderes mentais e bloquear o crescimento espiritual.

[...] Se alguém julga que a música sacra é enfadonha e sem vida e necessita de ser “avivada” através do profano, esta é claramente uma indicação da condição espiritual do coração. O que é sacro não é para ser sensacional. “Que o pecador arrependido fixe os olhos sobre ‘o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’; e, contemplando, é transformado... quando O contemplamos no Getsêmani, suando grandes gotas de sangue, e na cruz, morrendo em agonia – quando vemos isto, não mais o próprio eu clama por atenções” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 439).


“Retirai-vos do meio deles, separai-vos...não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei.” Tiago 3:11,12

MÚSICA E CONTEMPLAÇÃO
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